quinta-feira, julho 14, 2005

Aquele estranho empirismo que nos cerca às vezes


De volta ao blog. Eu estava quase conseguindo me tornar uma perfeita respirante do empirismo_ o empirismo "real" e não o teórico. Mais alguns dias e nunca mais sairia dele. Estranha sensação de desconforto. Mas na verdade ando às voltas com Riobaldo de GSV. Depois de 200 páginas empurradas uma a uma, então, repentinamente me afeiçoei a Riobaldo: pureza de alma e sentimentos, como não me apaixonaria por ele? Tocante, suave, coração limpo, "riobaldo por ele mesmo". Não chega a ser um maldito, mas se olharmos por um ponto de vista dos outros personagens, como se fossemos estes, Riobaldo seria um "maldito" por não ser diferente do que é. Há sempre uma forma de o ser dependendo do lugar em que nos encontramos para representar algo em nosso mundo particular. Riobaldo, mistura de Sócrates-Platão-Aristóteles e ainda com uma bela dose empiricista, adorável ser humano, sem ser dogmático em sua existência, não é o sertão que é do tamanho do mundo, as representações riobaldianas é que são do tamanho do mundo e de tudo que nele está em devir_ no real e também não.
Assim, de rimbaudiana passei a uma fase riobaldiana. Bela passagem para um tempo empírico. Como então não se apaixonar por Riobaldo?
sandra & o repentino afeto a Riobaldo_ "O" on the road do sertão brasileiro: eis R. como um perfeito 'maldito' pé na estrada.