sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Como Um Xamã Em Meio Às Águas

O Estrangeiro_ Mas o que desejas ver?
Anna Karenina_ O que a minha mente quiser me mostrar.
O Estrangeiro_ É humano querer libertar seu xamã, mas cuidado, ele pode nos possuir e “bichos estranhos entrarão em nossas vidas e nos assustarão” (Ubby, poeta)
*
É xamã não desejar libertar-se? Da face verde que me olhou oculta senti a vinda lenta de um sorriso entre os lábios. Da face que sorri para todos os cantos da casa com cores-amanhecendo, senti como uma guardiã será sempre face. Chorará alguma vez como choram aqueles que sentem dor? Ou continuará com seu meio-sorriso?
Não choverá em demasia
Não amarás em fantasias
O libertar-se está na face-maresia
*
Karenina sorri, pois
Ainda deseja ver.
Seu instante xamã é o desejo do olhar de sua mente