sábado, maio 19, 2007

Budapeste de chico bu AR que_ O AR Que Separa os Duplos

(capa do primeiro LP_ curioso, as imagens sinalizam para "o duplo" que em Budapeste foi trabalhado literariamente e pode-se dizer, "delineia" a narrativa)

Budapeste é um livro muito muito inteligente, "absolutamente admirável" & chegou a me assustar, talvez porque o tenha lido de um "fôlego só" e se ainda for divagar sobre ele terei que reler. As questões filosóficas sobre a Linguagem estão presentes na narrativa o tempo todo e o personagem central aprende línguas como quem respira, escreve como quem respira, vive, ama, não-ama_ como quem respira. Vai a Budapeste como quem respira. Ao contrário das sensações que "Estorvo" e "Benjamim" me fizeram viver, Budapeste tem uma narrativa que flui para além do que seria possível na realidade realíssima. Vai além do possível. Vai além do que a Vida se acostumou a dar ao ser humano em vários sentidos soando como uma "fábula" da Linguagem & do Viver. Budapeste é um livro envolto na generosidade da Vida. Nesse sentido, surreal.
Assim senti a obra_ "como quem respira" o AR de seus duplos-buarqueanos
sANdrA & __