terça-feira, fevereiro 28, 2006

"talvez um dia te mergulhe junto"

Ele: "Te sei. E mesmo sem muito te saber já nos choro."
Ela: Ainda nos chorará? Rio diz, "quando a gente dorme vira tudo, vira água, vento, maresia, choro, vira flor, mas que quando acordamos não acreditamos, pois tudo que é bonito é absurdo."
Ele: "Diz a lenda que quando Deus dorme nós existimos."
Ela:Terá acordado e num olhar ainda feito neblina observado que eu adormecera à beira-mar com um lençol feito do balanço final das ondas? Ele: Nós não nos sabemos (filosofia), mas nos choramos (poesia) Sabes que nome não nos representa. Eu absorvo o mar com o olhar e Nossa fome só aumenta, vinde, não tragas nada. Vem só com poema. Ela: Quando acordares sentirás também que tudo que é bonito é absurdo? Quanto tempo duram seus sonhos? Tudo foi somente instantes de ludismo-poético.
Ele: "Ludismo? Revirei todo o Budismo para te achar em coisa de Nirvana. Entre água e estrela estudo a nossa solidão. Anna, talvez um dia te mergulhe junto. Com mar na mão."
Anna K. & as Flores & o Lençol Feito de Ervas Que Vive Somente à Beira-Mar