quarta-feira, outubro 21, 2009

Imagine a Paz. Obama Nobel da Paz

(* Já me arrependi de ter escrito este texto, um Nobel da Paz que vai perpetuar a onda destruidora & imperialista-bélica dos EUA contra o Oriente Médio?, ... não tem mais o que destruir no Iraque, escolhem outro país, no caso, o Irã, pois é, 'imagine a paz' fica mesmo só na imaginação...)
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Imagine a Paz
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Barack Obama recebeu a notícia do Nobel da Paz no mesmo dia em que John Lennon nasceu_ dia 9 de outubro. Seria coincidência que Lennon tivesse cantado a Paz e Obama a representasse para o mundo inteiro no dia 9 de outubro? Seria como naquela espécie de acaso que vem pelo branco-alado-símbolo? John Lennon e Michael Jackson amaram a Paz. Obama ama a Vida, a mesma que Michael cantou: "Pense nas geraçãos e elas dizem: Queremos fazer deste um lugar para nossos filhos e os filhos de nossos filhos. Para que eles saibam que este é um lugar melhor para eles; e pensem se eles podem fazer deste um lugar melhor" (Heal de World). John Lennon liricamente dizia algo semelhante: “Imagine um mundo....” A imagem de Lennon & Yoko poderia ser a imagem do Nobel da Paz. A imagem de Obama lembra imagem de Justiça, discursa e toma decisões em direção à Paz, mas, como ele mesmo disse, não nasceu numa manjedoura o que significa dizer que mesmo os EUA sendo ‘Os EUA’, não conseguirão soluções milagrosas se o mundo inteiro não compartilhar a intenção de um mundo melhor. Para amar a Paz precisamos amar antes a Vida. Obama está no caminho da manjedoura? Ilações à parte, imagine a paz.
O que Michael e Lennon poderiam ainda realizar pelo mundo se aqui estivessem? O planeta Terra não é estranho? Que sim, que é dos mais estranhos e isso porque é apenas um planeta intermediário entre tantos outros (falando deste Universo, não incluindo aí os outros Universos...) estamos numa esfera intermediária de vida e de evolução. Pode ser que as outras esferas, as que são menos evoluídas e as que são mais evoluídas se cansem da Vida que aqui se passa, talvez o Planeta Terra esteja sendo constantemente observado. De onde menos se espera é que as coisas surgem, aparecem, tudo virá de fora em formato de ‘Janela Indiscreta’?, tomar o que ainda resta de bom por aqui. Eu não recriminaria, de jeito nenhum. Algumas pessoas teriam opção de escolha para permanecer ou não, Obama com certeza seria tratado com todo respeito_ 'na paz' por assim dizer.
Talvez Lennon voltasse, quem sabe, Michael, Raul Seixas, Madre Tereza de Calcutá, Martin Luther King, Gandhi, Nostradamus, Joana D’Arc, Platão, ora, por quê, não? Um Apocalipse que trouxesse de volta os iluminados. Um Apocalipse que levasse embora os que nunca serão iluminados porque não possuem mais nenhuma chance de ‘regeneração’ espiritual, ética, moral ou simplesmente: de humanidade, o que resume de um todo a natureza humana. Por isso é louvável amar a Vida antes de desejar a Paz, eu, por exemplo, não consigo o despojamento de pensar que todos podem 'mudar' aquilo que se tornaram há um longo tempo, eu amo a Vida por partes. Quem entende? Quem entende a Vida em demasia sabe com seu próprio coração da impossibilidade de um Apocalipse que culminasse com a Terra nas mãos dos Bons. Platão já possuía ciência disso tudo, sequer pronunciou Armagedon em seus Diálogos, e precisava? Admiro ainda mais os esforços de Obama pela Paz Mundial porque quanto mais o tempo passa e quanto mais o homem julga que este é o único planetóide do universo, mais complicada fica qualquer situação com origem humana. Eu perguntaria a Obama: É possível que 'os iluminados' retornem e se juntem aos que desejam a Paz hoje? Ele responderia que não cabe nada surreal num mundo tão real em sua sincronia invertida de diferenças e desigualdades e talvez falasse em ambição e soberba e inveja e maldade dispersas pelas intenções e atitudes dos seres humanos, mas com certeza diria que lida com um mundo muito muito real e 'mostraria' os que estão aqui agora. Despencaria (eu) no ceticismo: eis, não haverá a possibilidade de paz mundial, nunca houve, jamais existiu, todo mundo pode ver isso na história da humanidade, egípcios, gregos, romanos, e se quiserem evocar Darwin, que evoquem, nem nos símios ou no elo perdido houve paz mundial, por que haveria agora?, quando quase tudo e quase todos estão bem piores do que na época do tal elo perdido? Um mundo em que um escritor brilhante e sensato e lúcido como Saramago chama o atual Papa de cínico não deve ser um bom lugar para se viver (porque creio em Saramago). Quando não é uma coisa é outra, quando não é a guerra é uma peste, epidemia, pandemia, quando não é algo estrondoso, é um algo mais individual mas assim mesmo disseminado na forma de inconsciente coletivo que de gota em gota faz transbordar as ‘paredes’ da Terra. Imagine a Paz, imagine a cena: ‘você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único...’, diria John Lennon para Obama, eles sorririam um para o outro como um acordo mútuo dos que compartilham amor pelo Universo, Lennon inventaria ali mesmo uma berceuse (palavra linda) para ninar a nova Paz (já que as antigas não deram certo cantemos uma nova paz através de outra invenção lírica), Obama improvisaria um belo discurso e para não sair fora do acordo falaria sim da nova Paz e de um jeito novo de ninar o mundo. Talvez só falte isso: ‘ninar’ o mundo todos os dias um pouquinho como no diálogo da raposinha e do pequeno príncipe sobre a amizade, o amor, o cativar. Alguém já sentiu vontade de cativar o mundo?, e a Vida?, ou só se cativa aos que vivem-palavras?
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Por enquanto vamos continuar esperançosos: que o 'Nosso Nobel da Paz-Obama' continue a amar a Vida. Nosso?, mas claro, agora representa a esperança de Paz para o mundo todo. O mundo todo?, yes, todos podem. Todos?, sim, sim, não esqueçam de incluir os habitantes dos outros planetas (aquém e além), todos, menos alguns. Existem pessoas que nunca saberão desmetaforizar o ‘ninar o mundo’ em direção às atitudes reais, possíveis, de vida verdadeira: ‘... e pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz (...) vem me dê a mão agora a gente já não tinha medo, no tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido/pra lá deste quintal/era uma noite que não tem mais fim/...” (Chico Buarque)
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Ops!, que ‘fim’ lembra atualmente Apocalipse e a última palavra que há na Bíblia Sagrada é 'Amém'.
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Au revoir_ que sim, que vou 'ninar' os Livros Sagrados
sansan