sábado, agosto 27, 2005

pescadora de siris

Vestiu-se para ir à montanha de pedras às margens do mar. Ele achou que ela estava vestida como uma pescadora de siri. Não era uma mulher do mar. Desejava ser. Começava a "cheirar" a mar. De novo a repetição do belo. Não era mulher da terra. Não desejava ser. De novo a não-repetição do belo. Não era mulher da areia. Desejava ser. Maré, lua alta, rede borboleta. Entrar na água com a liberdade da borboleta e nela morrer.
Era mulher do vento.
Mas foi passear como pescadora de siri.

sandra & a estranha roupa com flores vermelhas no cabelo