domingo, maio 06, 2007

Benjamim & Sartre &m Sambaqui

Ontem conheci Benjamim, um cachorrinho de praia de Sambaqui. Lembrei de algo que lera há pouco tempo em Sartre, reproduzo aqui: "no cemitério de cachorros, no trêmulo discurso que se desenrola de túmulo em túmulo, reconheci as máximas do meu avô: os cães sabem amar, são mais ternos do que os homens, mais fiéis, possuem tato, um instinto sem jaça que lhes permite reconhecer o Bem, distinguir os maus. Um amigo americano que me acompanhava, indignado, desferiu um pontapé num cão de cimento e quebrou-lhe a orelha. Tinha razão: quando se ama demais as crianças e os animais, a gente os ama contra os homens." Senti vontade de trazer Benjamim comigo, mas deixei-o em sua liberdade de ir e vir próxima ao mar, ao vento, ao som da maresia, às visitas de desconhecidos que assim como chegam, partem.

sANdrA & o Ontem em Sambaqui_ que significa, coincidentemente, cemitério, em língua indígena.