Destinos & Des_a_tinos

Ando ouvindo com uma certa recorrência alguns pontos de vista filosófico-existenciais sobre a Vida & Destino & Não-Destinos. Fiquei pensando em que momentos de minha vida acreditei na existência embalada pelo destino e em que momentos acreditei que isso não passava de desatino afilosófico. Simples foi de perceber, quando a Vida anda como desejávamos que fosse, quando há um coincidir de nossos desejos com a "realidade", então é charmoso e traz até mesmo uma certa sensação de felicidade, pensar que tudo foi & é destino, é como se a Vida estendesse suas Mãos e nos mostrasse o mundo desejado, então cremos que há um Destino traçado para todos & pensamos & defendemos isto porque existe uma alegria flutuante nesse estender de Mãos. Porém, quando a Vida vai no seu reverso, quando o desejado está bem longe, longe mesmo, de tudo que se vai vivendo na realidade, então, estes são os momentos em que dizemos com toda firmeza & certeza inabalável: não existe destino, eu faço o meu próprio destino & as coisas, se ainda não são como desejo, em breve o serão. Nestes instantes somos nietzschianos em preto & branco. Então, entre destino e desatinos & desejos de Vida & realidade não-aparecida, vamos oscilando entre amar o tal destino & armar-se contra o desatino, vamos oscilando entre desejar o desatino & entre armar-se contra o destino. É a vida de ambigüidades daquilo que se precisa para Viver. Lembro agora de Riobaldo, assim é a vida! Mas, como somos todos sofistas, não? Vida Plena de Ambigüidades em todos os sentidos. O mundo também flutua nisso, ora crê no destino: inverno; ora crê no desatino: verão; ora crê na delicadeza de imaginação: primavera & ora crê que toda ambigüidade leva invariavelmente a partidas como folhas secas que se perdem com a palavra ventania, digo, com a própria ventania: ou_to_no. Ou tô no destino ou tô no desatino.

sANdrA & Ambigüidades Da Vida_ se existe o sofismável na Vida é porque alguém inventou isso de ambigüidade, mas tem também na linguagem. E, agora? Destino ou Desatino? Fica para outra vez.