"Disse A Ela Um Dia Chorando"
_ "Vamos afirmar que nesta história ninguém morre. Disse um dia a uma linda menina de vermelho."
_ A dor tira as certezas sobre a vida. "Um dia a menina disse."
_''De um país de onde nunca, nunca se volta. Contei-lhe um dia."
_ Não pensas em morrer não é mesmo? "Uma noite, me perguntou a menina."
_"Sem muito te saber eu já nos choro.Disse a ela um dia chorando."
_ A dor tira as certezas sobre a vida. "Um dia a menina disse."
_''De um país de onde nunca, nunca se volta. Contei-lhe um dia."
_ Não pensas em morrer não é mesmo? "Uma noite, me perguntou a menina."
_"Sem muito te saber eu já nos choro.Disse a ela um dia chorando."
A menina de vermelho, com olhos de estranha, foi andar à beira-mar, a casa dos poetas, às vezes visitada pela estranha menina de vermelho que fica em pé em frente às águas a pedir à alegria: me tire as certezas sobre a Vida. E sorrindo para o movimento das ondas lembrou do país de onde nunca se volta, lembrou que isso lhe foi um dia revelado por um poeta especial, lembrou da felicidade desse dia que no mesmo instante fez com que esquecesse a existência do país de onde nunca, nunca se volta. A menina de vermelho não conseguiu mais esquecer o que um dia lhe foi contado: o não-saber impele o choro, impele o "seres alma, sangue e vida em mim".
sANdrA & A Poesia de César Flaubert
*em branco, partes de salmos *em vermelho, versos de César Flaubert *em verde, sANdrA"De seres alma, sangue e vida em mim", versos de Florbela Espanca
"No dentro-de-mim", expressão de Angelus Silesius, místico medieval.