Saudade imensa da Ilha....

... então, o abandono do virtual por mais de um mês. Neste ano farei coisas diferentes: arte/artesanato da Ilha, dança, literatura & filosofia com um outro "olhar", aquele que sempre me acompanha e "aqueles" outro dividido em dois. Serei mais grata, talvez beata, nada de "vida" importada, aqui na Ilha aprendi a amar o meu país & o que é nosso. Muito Chico Buarque no Ipood em passeio de barco, Chico junto ao mar é quase divino, ele combina com maresia, mar & poesia. Aqui, a filosofia dos pampas não tem sentido, aqui, Poesia faz toda a vida, filosofia só ser poética ou minimamente literária. A vida é imensa, mas a maior parte dos filósofos não sente assim, eles procuram o tédio na repetição. É a repetição que faz a vida ser tediosa e inautêntica, só para lembrar o modo de ser autêntico dos heideggerianos. Há uma canção que flutua sobre e ao redor da repetição, ela é tênue, leve, sombra, se conseguir senti-la poderá ver o encanto na repetição, assim, ela passa a ser no que não era, passa a não-ser naquilo que já é. Eis o segredo da Vida. Foi aqui na Ilha que descobri o mundo. Penso que Platão sorriria. Também devia ter o mar em seu coração & saudade do perfume da maresia, das ondas que embalam os pensamentos como se fossem mais abstratas que o pensar embalam embalam embalam e seu ritmo leva o pensamento como se o comandasse, seu murmúrio deve ser como um Anjo que passa e deixa um pouco de si. E foi assim que aprendi a ouvir os segredos da vida. Cipriano do Bem tem toda razão, devemos mesmo saudar as águas sagradas do mar sempre que entramos nela, devemos saudar as águas salgadas como se o fizéssemos a um pensar absoluto que toca nossa pele e nosso olhar, abraça, embala em sua grandeza. Foi assim que aprendi como um ser humano pode escutar sussurros do mundo.
E é por isso que amo esta Ilha.

& ....tudo embalado ao som de muita música da Ilha como o Grupo Gente da Terra.
beijo no coração de tudo isso