Apenas o silêncio entre prisões diferentes
Como ele pediu, eu apenas o escutei. Ele foi embora.
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Então disse sem sua presença: qual das prisões você sente que será mais difícil do que esta que viveria com o amor único de sua vida? Ele não estava mais presente para responder. Então, pensei que se fosse eu a estar numa situação assim eu optaria pelo amor difícil ainda que me tirasse a liberdade, pois penso que há uma prisão maior do que o medo_ aquela do próprio sentir, do coração, da desilusão de perceber que a vida continua e muitas situações não são possíveis de estar ali ao alcance do sentir, também não esperam, mas se o amor continua lá, não importa o que se possa viver para o resto da vida, pois a prisão a partir de um sentimento é mais funda que qualquer instante criado para substituí-la. É só uma ilusão para se viver com tranquilidade & paz para o resto da vida. Penso que ele vai optar pela prisão de continuar amando sem ter o seu único amor & será feliz & será calmo & sereno mas continuará pedindo a alguém que 'apenas o escute' em madrugadas & dias & meses até o resto da vida terá sua liberdade tirada de um jeito outro daquele que teve medo.
*Quando alguém pedir a você que apenas o escute, não faça outra coisa senão isso: silêncio. Essas serão as suas horas de predições no silêncio da uma resposta tardia.
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sandra & As resposta tardias ao Amigo Com Um Problema Insolúvel
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Lembrei de outro amigo que dizia, sobre o fato de não saber se ia embora ou se ficava estando imerso no amor "único"_ "partir me causa dor, ficar também me causa dor, então não sei o que fazer, me ajude a decidir." Como se alguém pudesse decidir algo "assim" no lugar do outro comum conselho vindo de fora. Pensando bem, com tanto "choro" acabei me convencendo de que os homens também sofrem por amor. O estranho é que parece haver um padrão, ficam na dúvida: não sei se vou ou se fico, resumem um sentimento a uma ação.
C'est la vie.